sexta-feira, 19 de julho de 2013

Exposição "Escrever e Calcular"

MAQUINA DE CALCULAR


Se realizar certos cálculos complexos com o auxílio das calculadoras já não é algo tão simples, imagine como seria a vida dos matemáticos e engenheiros sem o dispositivo. Felizmente, os instrumentos de cálculos facilitam a vida do homem desde a Idade Antiga.
Podemos dizer que o ábaco foi à primeira calculadora da história. Este instrumento, criado pelos chineses no século VI antes de Cristo, dispunha de fios paralelos e arruelas deslizantes que eram capazes de realizar contas de adição e subtração. Embora fosse um instrumento bastante limitado, o ábaco acabou sendo o principal mecanismo de cálculo durante os 24 séculos seguintes.
Em 1642, a calculadora, ou melhor, o ábaco, sofreu uma grande evolução, por meio do francês Blaise Pascal. Filho de um cobrador de impostos, Pascal idealizou uma máquina automática de cálculos para ajudar seu pai em sua profissão. A invenção de Pascal foi importante pelo fato de a mesma realizar os cálculos de forma rápida, algo bem diferente do que se via na utilização do ábaco.
Mesmo assim, a máquina de Pascal também realizava apenas operações de adição e subtração. Foi só em 1671 que o filósofo e matemático alemão Gottfried Wilhelm Von Leibniz desenvolveu um mecanismo capaz de realizar as outras operações: a “roda graduada”.

No fim do século XIX e início do século XX, as calculadoras eram objetos de uso bastante restrito. Foi nos anos seguintes, com a criação de máquinas cada vez menores e mais baratas, que a calculadora se transformou no popular  instrumento que conhecemos atualmente.


 MAQUINA DE ESCREVER



Henry Mill era um inglês, que passou parte de sua vida tentando encontrar um novo sistema de escrita mais veloz e muito mais claro que aquele feito a mão. Em 1714, conseguiu obter patente para um engenho mecânico, que permitia imprimir a escrita sobre uma folha de papel, por meio de alavancas. Entretanto passou-se quase um século para que o sonho de Henry Mill tomasse forma concreta.
Essas primeiras máquinas foram fabricadas para auxiliar a escrita de cegos, os quais sentados diante desta espécie de piano podiam levantando alavancas dotadas de caracteres tipográficos, formar no papel, um pensamento.
Foi somente cerca de 1810 que se começou a conceber a ideia de que tal máquina poderia ser, também, utilmente usada pelas pessoas que veem. Na América e na França, a iniciativa teve êxito. William Austin Burth obteve patente para um modelo que se chamou Typograph.
Alguns anos depois, o francês Progrin inventava um tipo de máquina em que, em lugar das alavancas com os caracteres tipográficos, martelinhos batiam, através de uma fita copiativa, sobre um cilindro central.
Um advogado de Novara, Giuseppe Ravizza, fabricou uma máquina de escrever em que o teclado permanecia fixo, enquanto, um carrinho movimentava-se com a folha de papel. A esse aparelho se chamou "címbalo escrivão".
Mas devemos citar também o nosso patrício, Padre Francisco João Azevedo, da Paraíba, que, em 1861, apresentou, na Exposição das Províncias do Norte, no Rio de Janeiro, o seu Mecanógrafo, recebendo do Imperador D. Pedro II uma medalha de ouro. Ao mesmo tempo, na América, o rico armeiro Remington, construiu uma máquina de escrever segundo o modelo idealizado por um tipográfico genial, Sholes.
Desde essa época, a máquina progrediu muito e difundiu-se. Mas os tipos eram ainda miúdos e a escrita invisível, porque os martelinhos batiam na parte inferior do cilindro, ao passo que o invento de Ravizza, modelo 16, apresentava escrita visível. Daí por diante, as mais importantes nações da Europa e da América instalaram fábricas para a produção de máquinas de escrever em vasta escala, com a mesma disposição dos tipos no teclado (teclado universal).

Chegou-se, assim, ao começo do século XX e, até hoje, já foram criados muitíssimos modelos de máquina com aperfeiçoamentos sempre melhores, no intuito de tornar a máquina de escrever sempre mais veloz, prática, manuseável, silenciosa, elegante e ao alcance de todos. Outras máquinas de escrever, de tipos moderníssimos, são as empregadas para contabilidade e para cálculos: máquina estenográfica; a telescrevente; a criptográfica (que traduz mensagens cifradas).


Fotos: 







Período da Exposição: Julho/Agosto 2013

Um comentário:

  1. Onde está esta coleção no Momento? Tenho o interesse de saber algumas informações históricas sobre algumas peças que foram expostas. Teria um contato para que eu possa contatar?

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